
Meu nome é Luana Z e sou artista visual. O desenho está na minha vida desde sempre. Lá pelos meus 6 anos, no início da década de 90, quando desenhei um Mickey pela primeira vez, me encantei com a possibilidade de poder reproduzir no papel o que estava na minha imaginação. Achei aquilo fantástico e, desde então, não parei mais.
Meu trabalho tem muitas memórias da minha infância, da adolescência, de uma cidade do interior, sobre muita coisa que vivi e presenciei, infelizmente, o preconceito ao feminino, à cor da pele, às suas formas, até ao próprio nome, eram muito fortes, éramos julgadas por tudo e por todos, inclusive pelos professores, pela família, mesmo sendo apenas crianças.
Abordo muito o feminino, suas formas, a aceitação. Desconstruções de padrões enraizados na sociedade, do ser humano, de formas, de fé.
Um trabalho acromático onde o preto e traços mais retos e pontiagudos que representam mais uma agressividade, um sofrimento vivido, mas com uma certa leveza no branco e nos pontos arredondados de muita coisa boa, felicidades. Paz de quem conseguiu encontrar o equilíbrio entre desafios e conquistas.
Muitos detalhes do sertão, da seca, do que vi e ouvi, coisas do dia a dia, da fé que cresci vivenciando, da fé que construí em mim. Vivências que se tornaram inspirações.
Sempre com um tom de movimento, de um mundo que não para de girar, que está sempre se transformando e se adaptando, o caos, os conflitos, os problemas, a aceitação, as resoluções, os caminhos, forças externas e/ou internas que se encaixam em perfeita harmonia com a imagem central, aqui representado pelas linhas.
E com tudo isso acabei desenvolvendo um estilo único, dentro do cordel contemporâneo, que me faz apaixonar cada vez mais por ele e sentir aquele prazer em acordar todos os dias para trabalhar, criar novas formas, novos desenhos, novas expressões e levar isso para o mundo.
Atualmente resido em Montes Claros - MG, cursei Artes Visuais pela Unimontes 2006-2009 (Universidade Estadual de Montes Claros) e em 2014 abri a minha empresa, Atelizê, para trabalhar minha arte com aplicações tanto no campo digital quanto no físico. Tenho exposições individuais e coletivas com acervos públicos e privados pelo Brasil.
O Nome Atelizê, para o meu ateliê físico e virtual, surgiu da necessidade de criar um nome próprio, que unisse a arte com meu nome, então veio a ideia de reorganizar as letras do meu segundo nome, Zelita, somando mais uma vogal para completar a escrita e leitura correta: